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PROTEU

Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.

PROTEU

Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.

Aquarela

M Bento, 09.02.07
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva.

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela, viajando, Havai, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul.

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,
E se a gente quiser ele vai pousar.

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.

Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá).
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá).
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (que descolorirá).

Toquinho

Vale Tudo

M Bento, 04.02.07

«Um centro de estudos conservador norte-americano financiado por uma das maiores companhias petrolíferas oferece dinheiro a cientistas que denunciem falhas no relatório sobre alterações climáticas apresentado hoje em Paris.» (In Publico online)

 Palavras para quê, são os senhores do petróleo a falar. Primeiro desejaram e provocaram, à sua medida, a guerra do Golfo e agora viram-se para a comunidade científica. A Besta no seu estado puro!

Agora Deu Em Queixinhas!

M Bento, 01.02.07

«O ministro da Economia, Manuel Pinho, classificou hoje os sindicatos como uma "força de atraso no país" e acusou de "má-fé" o PSD e o CDP-PP por terem tentado conotá-lo com a defesa de baixos salários em Portugal.» (In. Publico online)

 Vejam bem o desplante deste senhor: primeiro comporta-se num pais estrangeiro duma forma que só nos envergonha a todos, depois ainda se arma em coitadinho incompreendido pelos outros. Quer ele queira, quer ele não queira, é também graças aos nossos sindicatos que a diferença salarial entre nós e a média da União Europeia não é ainda maior.
Decididamente este ministro já passou do prazo de validade.