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PROTEU

Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.

PROTEU

Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.

Socorro!!! Querem dar cabo do resto!!!

M Bento, 29.05.09

Paulo Cristóvão anuncia Sven-Goran Eriksson para treinador.

 

Valha-me Deus! Uma solução requentada e descabida de todo. Este senhor, desde a Lazio (e mesmo aí sabe Deus), nunca mais conseguiu nada de jeito. Nem na selecção inglesa, nem no City, nem no México. Ele está claramente ultrapassado.

Por favor, deixem-nos ficar o Paulo Bento. Não destruam uma das poucas coisas que funciona.

A Falta de Vergonha do Ministério da Saúde

M Bento, 28.05.09

“Um dia depois do Ministério da Saúde renovar o contrato de gestão da Linha Saúde 24, a empresa Linha Cuidados de Saúde (LCS), despediu a enfermeira supervisora, Ana Rita Cavaco. (...) Manuel Pizarro (secretário de estdo) veio agora dizer, em entrevista à TSF, que «a Direcção-geral de Saúde tratará disso como tem tratado com absoluto rigor todas as questões». Manuel Pizarro prometeu pedir «informações» sobre o despedimento da enfermeira.”

Esta gente anda completamente de joelhos perante a CGD. A empresa Linha Cuidados de Saúde, do grupo CGD, que gere a Linha de Saúde 24 tem-se revelado uma entidade estranha... muito estranha mesmo.
O caos organizativo denunciado nunca foi convictamente desmentido. Ou seja, aquilo que foi denunciado era uma realidade e punha em risco a qualidade dos cuidados e conselhos de saúde prestado aos cidadãos.
Perante tudo isto o que faz o nosso governo? Pasme-se: renova o contrato com a empresa Linha Cuidados de Saúde. Mas está tudo louco ou quê?! Já não há vergonha na cara desta gente? Estaremos entregues a governantes sem pinga de vergonha? Acho que, tendo em conta exemplos anteriores, devemos ficar atentos ao destino profissional deste (e outros que lhe são próximos) governante depois de sair do governo.
E o que faz a empresa no dia imediatamente seguinte à noticia da renovação do contrato? Despede a profissional que tornou publico aquele caos que punha em risco a nossa saúde.
De facto o capital não tem nem ética, nem moral e muito menos tem vergonha!
Estou, decididamente, cada vez mais farto deste país de terceiro mundo e destes políticos de trazer por casa.

O Blog do Daniel!

M Bento, 15.05.09

O meu filhote Daniel resolveu criar o seu blog para contar algumas das históriazinhas que a sua imaginação viva vai produzindo. Passem por aqui e conheçam o Pirilampo. O rapaz tem jeito. Textos sem correcções, na sua versão mais pura.

Missa Dos Quilombos

M Bento, 11.05.09

 Missa Dos Quilombos (1982 S. Paulo - Brasil)

(Milton Nascimento; Pedro Casaldáliga; Pedro Tierra)

 

Apresentação

 

Em nome de um deus supostamente branco e colonizador, que nações cristãs tem adorado como se fosse o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, milhões de Negros vem sendo submetidos, durante séculos, à escravidão, ao desespero e à morte. No Brasil, na América, na Africa mãe, no Mundo.

Deportados, como "peças", da ancestral Aruanda, encheram de mão de obra barata os canaviais e as minas e encheram as senzalas de indivíduos desaculturados, clandestinos, inviáveis. (Enchem ainda de sub-gente -para os brancos senhores e as brancas madames e a lei dos brancos- as cozinhas, os cais, os bordéis, as favelas, as baixadas, os xadrezes).

Mas um dia, uma noite, surgiram os Quilombos, e entre todos eles, o Sinaí Negro de Palmares, e nasceu, de Palmares, o Moisés Negro, Zumbi. E a liberdade impossível e a identidade proibida floresceram, "em nome do Deus de todos os nomes", "que fez toda carne, a preta e a branca, vermelhas no sangue".
Vindos "do fundo da terra", "da carne do açoite", "do exilio da vida", os Negros resolveram forçar "os novos Albores" e reconquistar Palmares e voltar a Aruanda.

E estão aí, de pé, quebrando muitos grilhões -em casa, na rua, no trabalho, na igreja, fulgurantemente negros ao sol da Luta e da Esperança.
Para escândalo de muitos fariseus e para alivio de muitos arrependidos, a Missa dos Quilombos confessa, diante de Deus e da História, esta máxima culpa cristã.
Na música do negro mineiro Milton e de seus cantores e tocadores, oferece ao único Senhor "o trabalho, as lutas, o martirio do Povo Negro de todos os tempos e de todos os lugares".

E garante ao Povo Negro a Paz conquistada da Libertação. Pelos rios de sangue negro, derramado no mundo. Pelo sangue do Homem "sem figura humana", sacrificado pelos poderes do Império e do Templo, mas ressuscitado da Ignomínia e da Morte pelo Espírito de Deus, seu Pai.
Como toda verdadeira Missa, a Missa dos Quilombos é pascal: celebra a Morte e a Ressurreição do Povo Negro, na Morte e Ressurreição do Cristo.

Pedro Tierra e eu, já emprestamos nossa palavra, iradamente fraterna, à Causa dos Povos Indígenas, com a "Missa da Terra sem males", emprestamos agora a mesma palavra à Causa do Povo Negro, com esta Missa dos Quilombos.

Está na hora de cantar o Quilombo que vem vindo: está na hora de celebrar a Missa dos Quilombos, em rebelde esperança, com todos "os Negros da Africa, os Afros da América, os Negros do Mundo, na Aliança com todos os Pobres da Terra".

Pedro Casaldáliga

Um Criminoso Nunca Pode Ser Mártir! É Criminoso e Basta!

M Bento, 09.05.09

A propósito do que se tem passado no Bairro da Bela Vista em Setúbal. Em primeiro lugar é bom começar por esclarecer que reconheço que a dor de familiares é sempre um sentimento que nos lacera e rói por dentro. Mas quem rouba uma caixa multibanco, num hospital,  foge às autoridades colocando cidadãos inocentes em perigo e acaba morto por esse facto, não pode ser chorado como um mártir. Chore-se porque era um filho, um irmão, um namorado, enfim, um ente querido, mas apenas por isso. Não desejem, nunca, que essa dor seja partilhada por todos nós, que não passávamos de meros alvos possíveis dos seus crimes.Se ele não tivesse cometido o crime ou fugido às autoridades hoje, certamente, estaria a passar um normal fim-de-semana com os seus.

Por tudo isto não posso aceitar que se queira transformar os acontecimentos de Setúbal num movimento de revolta contra as autoridades. Elas cumpriram o seu papel. Os que agora protestam apenas podem estar legitimados para esse acto quando forem capazes de serem igualmente implacáveis para com todos aqueles que, sendo seus vizinhos, fazem do crime um modo de vida.