Tenho aqui zurzido tão impiedosamente o último derby da capital cá do burgo, que posso passar a ideia, errada, que acho que, se o SLB vier a sagrar-se campeão, o faz sem qualquer mérito. Nada mais longe da verdade! Os jogadores das águias (com excepção do puto João Pereira, cujas atitudes para com os colegas de profissão dificilmente o distinguem de um qualquer chimpanzé) merecem tudo o que conseguirem conquistar. Sem grandes brilhantismos, talvez, mas deram o litro em todos os jogos, demonstrando grande e inatacável profissionalismo. Em relação aos seus dirigentes o caso muda um pouco de figura. Ao Sr. José Veiga (cuja situação patrimonial e fiscal ainda se irá eventualmente esclarecer), não tenho tanta vontade de dar os parabéns. Ele representa o que de mais baixo há no futebol. Por outro lado, nada a dizer do benfiquismo de Luís Filipe Vieira, mas a sua estratégia, atitude e, muitas vezes, má educação, apenas fizeram lembrar o pior de Pinto da Costa.

Não posso deixar de lembrar ainda a equipa técnica, principalmente o Sr. Giovanni-Trapattoni, que sempre soube ser um verdadeiro gentlemen, o que no nosso futebol não pode deixar de ser assinalável e servir de exemplo para muitos outros, a começar, talvez, pela própria direcção do SLB. Homens como ele serão sempre bem vindos a este país. Aliás precisamos de muitos mais deste quilate.

Ainda uma palavra para esse exemplo vivo do prazer de jogar à bola que dá pelo nome de Pedro Mantorras. Que gozo me dá vê-lo a deliciar-se com a bola! Que pena o ano perdido com aquela maldita lesão, muito por culpa do anterior departamento médico. Espero que ainda vá a tempo de recuperar o tempo perdido. Para bem de todos os que gostam de futebol, mas principalmente para bem daquele menino de Luanda – ele próprio!  

Por último, porque a campanha deste SLB serviu para testar a qualidade da válvula cardíaca novinha do meu mano mais velho. Caramba, se ela resistiu a este campeonato de loucos, então, maninho, estás pronto mais cinquenta anos!