Hoje o meu irmão Zé Maria faz 52 anos. São já cinquenta e dois anos vividos com intensidade e entusiasmo, sempre acompanhados por um bom pitéu gastronómico e por boa companhia, tudo culminado num par de válvulas cardíacas novinhas em folha. Nada mau, hem?
Para além de tudo isto, ainda se deu ao requinte de co-produzir (em parceria com a Amélia) dois belíssimos espécimes da estripe humana que dão pelo nome de David e Samuel (este aliás meu afilhado), cada um deles com, pelo menos, mais um palmito de altura que eu. Fizemos ambos parte de uma humilde, mas de qualidade, banda musical, que dava pelo original nome de Banda Bento. Já chegava? Nã!! Para ele não. Vai daí e toca a escrever e publicar duas obras poéticas (sim porque os genes criativos estão-nos bem cá nas entranhas). Pelo meio ainda arranjou tempo para o associativismo e para a organização de actividades de aventura dirigidas aos jovens da freguesia de Marvila.
Caramba! Pensando bem, maninho, já marcaste bem a tua presença cá neste planeta. Bem podes olhar para o lado de lá do vale, cheio de orgulho e, enchendo os pulmões com o ar fresco da montanha, continuares a trilhar o teu e também nosso caminho. Confessa lá, até agora valeu a pena, não valeu? Mesmo naqueles momentos em que o peso da solidão e do abandono nos pareceu sufocar, mesmo aí, valeu a pena estar cá. Olha que para nós, que contigo temos partilhado esta demanda, continua a valer a pena. E olha que não há válvula marada que nos detenha!
Já agora uma palavrinha também para mais duas pessoas: parabéns Maria Luísa e Manuel Bento, pais garbosos do aniversariante. Vocês são os primeiros heróis desta história,