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PROTEU

Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.

PROTEU

Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.

As Bestas!

M Bento, 27.06.09

Rui Costa hoje perdeu uma enorme oportunidade de estar calado. Ponto prévio: sou um ferrenho admirador de Rui Costa, quer enquanto jogador (fantástico) quer enquanto ser humano (um senhor). Mas parece que a pele de dirigente tolda mesmo os espíritos mais lúcidos. Hoje tratava-se apenas dum jogo de júniores... formação...Ok?

O campo utilizado é aquele, como o foi em toda a época. Cabem lá 3000 espectadores? Optimo! Quantos costumam estar em campos da 1ª liga?

Ora bem, se a assistir a um jogo de futebol estiverem seres humanos e não animais  então não há nenhum campo que não sirva.

Segundo Rui Costa, se uma manada de elefantes me invadir a casa a culpa será sempre minha, uma vez que não tenho uma casa com tamanho suficiente para receber paquidermes. Rui, o problema não está na casa que acolhe, mas antes na qualidade das bestas que lá resolvem fazer miséria! E já agora as bestas não têm cor fixa, elas são vermelhas, verdes, azuis, às bolinhas. Uma besta é sempre uma besta, mesmo que a cor mude.

Meus senhores, mais inteligência e menos conversa de taberna. O Futebol e todos nós agradecemos.

Michael Jackson

M Bento, 26.06.09
Soube há pouco da morte de Michael Jackson. Agora não hão-de faltar aqueles que o vão tentar enaltecer para lá dos limites do razoável. Muitos desses foram os mesmos que durante anos gastaram rios de tinta e de verve a falar das suas manias e comportamentos, convenhamos, algo tresloucados muitas vezes.
Não pertenço a esse clube. Nunca, nem neste blog, nem na minha página pessoal, gastei uma linha a falar deste músico. No entanto sempre tive para com ele imenso respeito - musicalmente falando claro. 
Não sou um apreciador da sua música, nunca comprei um único cd dele nem procurava escutar muito a sua música. Mas sempre reconheci que aquilo que ele fazia era profissional e de qualidade. Disse muitas vezes que, dentro daquele género, ela era um músico de qualidade impar. Aliás ele fazia parte dum conjunto de músicos pelos quais nutri sempre um respeito inegável: Prince, Michael Jackson, Steve Wonder, Marvin Gaye, The Temptations e Rick James entre outros. Não comprava os seus trabalhos, mas escutava-os sempre com algum interesse.

O desapareciemto de Jackson não foi na verdade hoje. Ele hoje morreu, mas o músico há muito que tinha tido o seu ocaso. Isso eu lamento. Mas lamento igualmente a sua partida de hoje. Ele era ainda muito novo. Novo demais.  

António Variações

M Bento, 15.06.09

Passou-se recentemente mais um aniversário sobre a morte de António Variações, mal amado por um país que foi incapaz de lidar com aquilo, mais que excêntrico, era paixão pela vida levada até ao limite.
Anos após, pela mão de alguns músicos nacionais, fomos redescobrindo o génio de Variações.
No entanto há uma dimensão dele a que ainda não se fez justiça - o Poeta. É esse António Variações poeta que aqui quero relembrar.


Quero É Viver


Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver

Amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer

e a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir
a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar, vou fugir ou repetir

vou viver,
até quando, eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver
amanhã, espero sempre um amanhã
eacredito que será mais um prazer

a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com idade
interessa-me o que está para vir
a vida, em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar vou fugir ou repetir

vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver,
amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será mais um prazer

O Drama Queirós!

M Bento, 13.06.09

O regresso de Carlos Queirós ao comando da selecção nacional tem sido tudo menos um conto de fadas. Desde já faço aqui uma declaração de intenções: sou um dos admiradores das qualidades e perfil do seleccionador. Por isso sito-me particularmente à vontade com o que aqui vou escrever.
Há profissionais que têm bom rendimento quando a função que desempenham está de acordo quer com a sua competência, quer com o seu perfil. Aproveitando uma ideia expressa hoje por Diogo Quintela (ilustre Gato Fedorento) num jornal diário, há jogadores com bom rendimento numa posição, mas que revelam particulares dificuldades quando são colocados numa posição diferente à que normalmente ocupam. Isso é o que acontece com Queirós. Ele é um notável organizador e planificador, um muito bom adjunto mas enquanto técnico principal torna-se medíocre. Os resultados aí estão para o provar. Sofrível desempenho ao serviço do Sporting Clube de Portugal, banal ao serviço do Real Madrid e miserável o actual desempenho ao serviço da selecção nacional. Onde é que ele teve bom trabalho? Enquanto adjunto de Fergusson. Os factos não permitem qualquer outra leitura: ele é muito bom enquanto adjunto mas péssimo enquanto técnico principal. Principalmente quando o nível competitivo é muito grande, como ao serviço quer do Real Madrid, quer da selecção nacional.
O que podemos concluir numa primeira comparação entre o trabalho do actual seleccionador e o do anterior? Passámos duma selecção de topo, com elevado crédito por esse mundo fora, para uma anedota internacional.
Já agora e em relação ao que Rui Santos tanto tem apregoado na SIC, numa tentativa quase obsessiva e infantil para branquear a tragédia do trabalho de Queirós, no último Mundial, dos grandes nomes do futebol que ele gosta de nomear (Rui Costa, Couto, Jorge Costa, Baia, etc.) apenas esteve presente Figo. E com aquela equipa chegámos às meias-finais do mundial (apenas pela segunda vez na nossa história). No último europeu, mesmo já sem Figo, chegámos aos quartos de final e fomos eliminados pela Alemanha! Apenas a finalista desse certame. Não fomos derrotados pela Dinamarca, Hungria ou Albânia, mas sim pela Alemanha.
Rui Santos argumenta, muitas vezes, que no campeonato nacional não há jogadores suficientes para serem seleccionados, uma vez que, segundo ele, estes estão tapados por jogadores estrangeiros. É de facto verdade, mas sempre foi assim e não me lembro de, no passado, o ter ouvido a usar esse argumento para tentar explicar os fracassos de outros seleccionadores. Já agora, não estão cá os melhores por uma simples razão: estão a jogar nos campeonatos mais competitivos da Europa. Vejamos apenas alguns: Pedro Mendes (campeão na Escócia), Simão, Maniche, Ricardo Costa (campeão na Alemanha), Hugo Almeida (vencedor da Taça Alemã e finalista da Taça UEFA), Tiago, Quaresma (mesmo que meio eclipsado), Dani, Manuel da Costa (ex-campeão da Holanda), Duda, Nani e claro Cristiano Ronaldo (entre muitos outros). Portanto, já chega de tentar defender o indefensável.
Em resumo, anda mais de meio país a tentar perceber o que Queirós anda a fazer, mas já todos compreendemos uma coisa muito simples: ir ao mundial é já uma miragem. E com um dos mais acessíveis grupos de qualificação que me lembro. Seremos eliminados por essas potências do futebol mundial que são a Albânia (nem um joguito lhes ganhámos), a Dinamarca, a Suécia, Hungria e esse potentado que dá pelo nome de Malta. Aliás, Portugal apenas conseguiu ganhar dois jogos até hoje (ambos com Malta).
Mas o seleccionador ainda vive imerso num outro drama. Aquilo que até hoje todos lhe reconheciam com sendo a sua grande obra, uma verdadeira pedrada no charco, foi o trabalho de formação na Federação Portuguesa de Futebol. No entanto, hoje, há uma sombra que baixa também sobre essa coroa de glória. É que, aparecer agora outras entidades a fazer um trabalho de formação reconhecido internacionalmente parece que o faz temer que o brilho do que ele outrora fez diminua. É notório o seu incómodo com a formação de Alcochete. A excepção é Cristiano Ronaldo, mas nesse caso o escândalo da sua não utilização seria ensurdecedor. Nem Nani escapa a esse sentimento estranho.
Bom e assim lá vamos todos andando, cantando e rindo, de volta à banalização da selecção e de regresso à segunda divisão europeia. Porque não haja grandes ilusões, depois do falhanço do apuramento para o mundial da África do Sul seguir-se-ão outras eliminações. Dificilmente voltaremos a ser uma equipa respeitada e temida como o fomos nos último anos. Nunca pensei vir a dizer alguma vez isto, mas enfim: volta Scolari, estás perdoado! E já agora, se não te importas, podes agradecer a Carlos Querirós.

The Whole of The Moon

M Bento, 12.06.09

Waterboys - The Whole of The Moon
A força e o génio no seu estado mais puro.

 

 


I pictured a rainbow
you held it in your hands
I had flashes
but you saw the plan
I wandered out in the world for years
while you just stayed in your room
I saw the crescent
you saw the whole of the moon!
The whole of the moon!

 

You were there at the turnstiles
with the wind at your heels
You stretched for the stars
and you know how it feels
To reach too high
too far
Too soon
you saw the whole of the moon!

 

I was grounded
while you filled the skies
I was dumbfounded by truth
you cut through lies
I saw the rain-dirty valley
you saw Brigadoon
I saw the crescent
you saw the whole of the moon!

 

I spoke about wings
you just flew
I wondered, I guessed, and I tried
you just knew
I sighed
but you swooned
I saw the crescent
you saw the whole of the moon!
The whole of the moon!

 

With a torch in your pocket
and the wind at your heels
You climbed on the ladder
and you know how it feels
To GET too high
too far
Too soon
you saw the whole of the moon!
The whole of the moon!

 

Unicorns and cannonballs,
palaces and piers,
Trumpets, towers, and tenements,
wide oceans full of tears,
Flags, rags, ferry boats,
scimitars and scarves,
Every precious dream and vision
underneath the stars

 

You climbed on the ladder
with the wind in your sails
You came like a comet
blazing your trail
Too high
too far
Too soon
you saw the whole of the moon!

Ver... Finalmente!

M Bento, 11.06.09

    Já pouco aqui resta que ainda me surpreenda. Mas...
    Mas na alvorada dos dias, ainda nasce um Sol que teima em não se deixar extinguir. Podem querer tirar-nos tudo, dizer-nos que esta luz não é verdadeiramente para todos, mas a nós, comuns mortais, basta-nos a vontade dum simples gesto: abrir os olhos!
    Pelo descerrar das nossas pálpebras já cansadas, a luz indomável do astro rei, responsável por toda a vida, inunda-nos a alma.
    Já fartos das sombras que vagueiam no nosso curto horizonte, resta-nos esticar o olhar e ver bem para além da entrada da caverna. Lá onde bailam os deuses e onde os banquetes saciam verdadeiramente. Lá onde as mãos que se nos estendem não são feitas de garras, nem a água que nos é oferecida sabe a fel e morte.
    E, caramba, é desviar a cara da parede da caverna, virar o rosto e olhar lá bem para longe... Abrir os olhos e ver! Ver... Finalmente!