Hoje voltou à ribalta a novela das hipotéticas escutas à presidência da república. Talvez tenha sido uma forma do DN dar uma mãozinha ao nosso primeiro. Não sei, talvez.
O director do jornal Público veio sugerir que a forma como algum correio electrónico foi retirado dos computadores da sua redacção pode indicar que o SIS esteve envolvido na história. Porque não?!
Nunca acreditei muito na bondade e santidade dos profissionais dos serviços de informação, muito menos quando, como é o nosso caso, estes dependem directamente do governo. Por isso, para podermos estar seguros de que não fizeram asneirada da grossa neste caso, não me basta um comunicado dos seus responsáveis a afirmar a sua inocência. Se isso bastasse, então, quando alguém se manifesta inocente durante um julgamento o bom do juiz teria de acreditar e mandar o réu embora em paz. Aliás, os ilustres envolvidos nos crimes do BPN e BPP eram gente do mais credível e honesto. No entanto...
À mulher de César não basta ser honesta, tem de o parecer e o pessoal das nossas secretas anda a pôr-se a jeito para que comecemos a olhar para eles de esguelha.
Para acreditar que não estão mesmo envolvidos com estes casos de escutas e desvios de emails, têm de fazer mais do que redigir um miserável comunicado. Isto ainda não é uma república das bananas. Ainda!