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Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.
Na ânsia de fazer agora depressa aquilo que não se foi capaz de fazer em tempo útil, o governo da nação resolveu cortar a eito nas despesas do estado. Fê-lo duma forma algo tonta, fazendo os suspeitos do costume pagar a fatia de leão do combate à crise - funcionários públicos (corte no vencimento + aumento na retenção na fonte de IRS + 2% de IVA + 1 % CGA) e trabalhadores por conta de outrem em geral. Os ministérios da saúde e da educação sofrem cortes verdadeiramente assassinos para o normal funcionamento dos respectivos sistemas. Os institutos públicos e similares continuam intocáveis e em roda livre. É preciso preservar o ganha pão dos boys (do PS e do PSD, que nisto ambos são iguais). E o que tem a dizer disto o maior partido da oposição? No fundo Pedro Passos Coelho pouco mais refere para além das criticas ao aumento do IVA. Sobre a banca, verdadeira responsável pela crise que o mundo vive desde há alguns anos, nem uma palavrita. Redução dos salários? Nem uma letra. Cotes na saúde e na educação? Nada de nada. Aliás e na senda do que foi iniciado por Luis Filipe Pereira (ministro da saúde de Durão Barroso), o que Passos Coelho pretende é reduzir a oferta do estado na saúde e na educação, passando a usar esses dinheiros (dinheiro nosso) para financiar as empresas privadas de saúde e educação.
Sera interessante que ambos os partidos, que têm enaltecido as medidas duras que o governo britânico tem preparado para reduzir o deficit, reparassem num aspecto curioso: as áreas da saúde e da educação são as únicas que têm previstas aumento de investimento. Dois mil milhões de libras até 2015 na saúde e quatro mil milhões de libras na educação no mesmo período de tempo. São opções. São opções!
Não sou grande admirador da visão que Henrique Raposo (colonista do EXPRESSO) tem do país e do mundo. No entanto, ele foi capaz de traduzir por palavras aquilo que tem sido de facto a verdadeira vida dos professores portugueses desde que Sócrates chegou ao poder. No artigo "Professores, os escravos do Ministério" pode compreender-se com clareza a desvirtualização daquele que deveria ser o papel essencial de cada um destes profissionais. Vale a pena ler.
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