Preconceito em Relação a Jorge Jesus
Hoje estive a ver o painel de comentadores da SIC Notícias a comentar o jogo da final da Copa dos Libertadores. Eu não tinha visto o jogo e sabia apenas que o Flamengo ganhara. Do que ouvi da boca daqueles comentadores fiquei com a ideia que o Flamengo tinha sido esmagado pelo River Plate e que tinha ganho a final quando deveria ter perdido por muitos.
Mais tarde pude finalmente ver o jogo e ao fim de algum tempo comecei a pensar que estava a ver outro jogo qualquer e não a Final da Copa dos Libertadores deste ano. Resolvi então procurar as estatísticas do jogo. Segundo elas, a equipa “esmagada”, segundo os doutos comentadores da SIC, tinha tido 61% de posse de bola (contra 39% do adversário), 10 remates (contra 11), 5 remates à baliza (contra 2), 2 cantos (contra 3), 433 passes (contra 277) e 110 ataques (contra 101). O guarda-redes do Flamengo fez apenas 1 defesa contra 3 do argentino. O River Plate cometeu 27 faltas (muitas bem durinhas e a justificar cartões) enquanto o Flamengo apenas cometeu 12.
Perante estes dados, a forma tão critica como aqueles comentadores se referiram ao desempenho do Flamengo, por oposição aos elogios desbragados a uma equipa que apenas teve 39% de posse de bola, apenas se pode justificar num preconceito tão básico e primário contra Jorge Jesus que está para lá da compreensão humana.