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PROTEU

Porque Não Podemos Andar Sempre a Dormir e Há Muita Coisa Ainda Para Descobrir e Ver.

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As Políticas Sociais

M Bento, 06.07.07
O Correio da Manhã nunca primou por uma linha editorial mais sensível às questões sociais. Antes pelo contrário, de há alguns anos a esta parte que vem sendo porta voz da corrente neoliberal que vai singrando neste país.
Ora qual não foi o meu espanto ter lido, hoje, o editorial do director adjunto, Eduardo Dâmaso, em que  ele toma claramente o partido duma visão  da sociedade com preocupações claramente sociais. Antes tarde que nunca. Bem vindo seja a este lado da barricada.

«Os casos de professores que foram obrigados a trabalhar em estado de grande incapacidade física até ao fim da vida são uma verdadeira metáfora destes tempos de absoluta relativização, ou mesmo hostilização, de tudo o que possa cheirar a social.
As políticas sociais só andam na boca dos políticos em tempo de campanha. Depois, tudo o que vem, já no tempo do poleiro, é de corte radical de direitos. A Europa social só existe ao nível da proclamação de ideais, na realidade o que fica são os chavões da economia e a diabolização ideológica de tudo o que não se reconduza, com respeitinho, aos valores já muito mais que liberais.

O dito ‘social’ em matéria de políticas está fora de moda porque o próprio catálogo de soluções governativas e de organização do Estado e da sociedade em que o respeito pelas suas pessoas seja um valor elementar está cada vez mais na periferia das preocupações políticas. Só assim se entende que um médico responsável pelas juntas médicas no Estado diga sobre o caso de um professor de Filosofia, que foi obrigado a trabalhar até morrer, apesar de ter um cancro na garganta. que foi feito de forma regulamentar. Quando esta linguagem burocrática domina na política e nos serviços sobre os dramas das pessoas está tudo dito. E, no caso, só se pode mesmo acrescentar, como ironicamente fez um outro médico, que chegámos à era da morte regulamentar...
»
Eduardo Dâmaso
Director Adjundo do CM

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