Realpolitik!
Nas eleições para secretario geral da UNESCO Manuel Maria Carrilho decidiu "não votar em Hosny, um político acusado de praticar abertamente a censura no seu país, e que ainda recentemente afirmou que queimaria pessoalmente todos os livros israelitas que encontrasse na Biblioteca de Alexandria" (in Publico online).
No entanto, o nosso ilustre e iluminado governo resolveu enviar um outro lacaio, perdão, diplomata, para votar nessa sinistra figura egípcia. Nada mal. A Realpolitik em todo o seu esplendor. Luís Amado, grande discípulo do conceito de realpolitik iniciado por Henry Kissinger nos EUA, durante o consulado desse paladino da democracia chamado Nixon, decidiu mandar à fava essa treta dos direitos humanos e liberdade de expressão, aparentemente como moeda de troca por um lugarzito para Portugal no Conselho de Segurança da ONU. E é gente desta que se recusa a ouvir falar de asfixia democrática?! Isso para eles parecem ser meros pormenores insignificantes.